A Espanha deu um suspiro de alívio nesta quinta-feira (14) ao confirmar que a nova frente de tempestade que assolou o país causou apenas danos materiais e nenhum dano pessoal, duas semanas depois das enchentes que deixaram 224 mortos, a maioria deles na região de Valência.
Ao longo desta quinta-feira, a Agência Meteorológica do Estado (Aemet) baixou os alertas máximos em quase todo o país, exceto no oeste da Andaluzia (sul), onde está ativo o alerta laranja para um "risco importante" devido às chuvas.
"O pior (...) já passou", indicou a Aemet na rede X ao reduzir o nível de seu alerta na região de Valência (leste), além do que regia em Málaga (sul).
O alerta decretado na quarta-feira em muitos municípios valencianos devastados pela primeira tempestade fez com que os moradores voltassem a passar a noite olhando para o céu e temendo pelo estado de seus esgotos, em muitos casos entupidos por lama seca e detritos ainda não removidos.
Durante a noite, segundo dados da Aemet, foram registrados 110 mm de água em Alcudia de Veo, no interior da Comunidade Valenciana, e 88 mm em Chiva, um dos municípios mais afetados pelas cheias do final de outubro, mas sem deixar vítimas.
Diante do alerta, o governo valenciano - muito criticado pela gestão das cheias de 29 de outubro - suspendeu as atividades escolares, esportivas e de mobilidade de veículos particulares em mais de uma centena de municípios desta região do leste da Espanha, incluindo a capital, Valência.
Como as piores previsões não se concretizaram, as limitações de circulação foram levantadas, conforme indicou o presidente regional, Carlos Mazón, na sua conta da rede X.
A melhoria das condições meteorológicas permitiu também retomar os trens entre Barcelona e Valência, suspensos na véspera, e concluir a reativação da linha de alta velocidade que liga Madri à terceira cidade espanhola, interrompida desde a catástrofe do final de outubro.
* AFP