Uma operação policial internacional neutralizou na noite de segunda-feira um malware que "tinha como alvo milhões de vítimas em todo o mundo", anunciou a unidade de cooperação judicial da União Europeia, Eurojust.
"Uma operação mundial, apoiada pela Eurojust, permitiu desmantelar servidores de 'infostealers', um tipo de programa malicioso utilizado para roubar dados pessoais e cometer crimes cibernéticos a nível global", indicou o Eurojust em um comunicado publicado nesta terça-feira (29).
As investigações começaram depois que algumas vítimas informaram sobre o problema e uma empresa de segurança apontou às autoridades a possível existência de servidores vinculados ao programa nos Países Baixos.
"As autoridades descobriram que mais de 1.200 servidores em dezenas de países estavam executando o malware", disse o comunicado.
Denominada "Operação Magnus", a coalizão internacional de aplicação da lei - que incluía os Países Baixos, os Estados Unidos, a Bélgica, Portugal, o Reino Unido e a Austrália - fechou três servidores nos Países Baixos, apreendeu dois domínios, iniciou procedimentos legais nos Estados Unidos e prendeu duas pessoas na Bélgica.
Os ladrões de informações, conhecidos como "RedLine" e "META", roubaram dados pessoais de milhões de pessoas de dispositivos infectados. O porta-voz da Eurojust disse à AFP que "não se trata da Meta, antigo Facebook".
"Esses dados incluíam nomes de usuário e senhas salvas, bem como dados de formulários preenchidos automaticamente, como endereços, e-mails, números de telefone, carteiras de criptomoedas e cookies", detalhou a unidade de cooperação judicial com sede em Haia, na Holanda.
Os dados pessoais eram então revendidos em plataformas clandestinas e usados pelos compradores para "roubar dinheiro, criptomoedas e realizar outras atividades de hacking".
* AFP