A cidade ucraniana de Vovchansk, sujeita a uma ofensiva russa desde maio, foi devastada e apenas "algumas pessoas desesperadas" ainda vivem lá, indicou uma brigada do Exército ucraniano na quinta-feira (5), após publicar imagens aéreas.
Em um desses vídeos, transmitido à AFP nesta sexta-feira (6), um drone sobrevoa uma avenida da cidade, onde nenhum edifício parece intacto, enquanto colunas de fumaça testemunham os combates.
De um lado da rua, é possível ver edifícios altos onde restam apenas entulhos de cimento. Do outro lado, alguns prédios parecem ter sido completamente devastados pelos bombardeios.
Esta cidade, localizada a apenas cinco quilômetros da fronteira russa na região de Kharkiv, estava imersa no centro dos combates entre os exércitos russo e ucraniano.
As tropas de Moscou lançaram uma ofensiva nesta região em maio e foram detidas em Vovchansk por soldados ucranianos.
"Antes da guerra, abrigava mais de 17 mil ucranianos e apenas alguns desesperados ainda estão lá", declarou na quinta-feira a "Brigada Presidencial" ucraniana no Facebook.
"A cidade está quase completamente destruída, com ruas inteiras incendiadas por ataques de artilharia e drones", acrescentou. "Para a Ucrânia, é uma nova cidade fantasma devastada e coberta de corpos" pelos ataques russos, disse a brigada.
As imagens de Vovchansk lembram as de Bakhmut e Avdivka, cidades do leste da Ucrânia tomadas pelo Exército russo em maio de 2023 e fevereiro de 2024, após longas batalhas sangrentas.
Ambas, como muitas cidades no leste da Ucrânia, foram quase completamente destruídas pelos bombardeios.
A "Brigada Presidencial" garantiu que está enfrentando as tropas russas, que tentam "sem sucesso" assumir o controle de Vovchansk.
A Ucrânia, que há um mês lançou uma ofensiva transfronteiriça surpresa na região russa de Kursk, mais ao norte, está, por outro lado, em dificuldades no leste.
O Exército russo reivindica quase diariamente a conquista de pequenas cidades no Donbass, uma bacia industrial cuja conquista continua sendo a "prioridade número um", disse na quinta-feira o presidente russo, Vladimir Putin.
* AFP