A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, obteve nesta sexta-feira (2) os votos necessários para ser oficialmente designada como candidata presidencial democrata às eleições de novembro, nas quais enfrentará o republicano Donald Trump, informou o Comitê Nacional Democrata.
Harris foi a única candidata a comparecer à convenção democrata, da qual participam, durante cinco dias, cerca de 4 mil delegados de todo o país.
Em seu perfil no X, após o anúncio, Kamala agradeceu: "Estou honrada em ser a candidata democrata para presidente dos Estados Unidos. Aceitarei oficialmente a nomeação na semana que vem. Esta campanha é sobre pessoas se unindo, movidas pelo amor ao país, para lutar pelo melhor que nós somos".
Apesar de já ter alcançado a maioria dos delagados, a votação online que começou na quinta-feira (1º) continua até segunda (5). A nomeação formal deve ser finalizada até a próxima quarta-feira (7), antes da convenção do partido, que será realizada em Chicago entre 19 a 22 de agosto, segundo informações do g1. Esse é o prazo final para garantir que os candidatos apareçam na cédula do estado de Ohio.
— O fato de podermos dizer hoje, apenas um dia após abrirmos a votação, que a vice-presidente ultrapassou o limite da maioria e será oficialmente nossa indicada na semana que vem, pessoal, é simplesmente extraordinário — disse o presidente do Comitê Nacional Democrata, Jaime Harrison.
Campanha arrecadou o dobro de fundos de Trump em julho
A equipe de campanha de Kamala Harris anunciou que arrecadou US$ 310 milhões em julho (R$ 1,75 bilhão na cotação atual), o dobro de Donald Trump, um aumento em grande parte impulsionado depois que a vice-presidente substituiu Joe Biden como candidata democrata nas eleições de novembro.
A soma inclui os US$ 200 milhões (R$ 1,03 bilhão) que a nova candidata arrecadou em menos de uma semana após a desistência, em 21 de julho, de Biden, desacreditado por doadores.
Harris "arrecadou US$ 310 milhões em julho, a maior arrecadação de fundos para as eleições de 2024", anunciou sua equipe em comunicado à imprensa.
Este número foi "impulsionado pelo melhor mês de arrecadação de fundos de pequenos doadores na história das eleições presidenciais dos Estados Unidos" e representa "mais que o dobro" que a campanha de Trump arrecadou no mesmo mês, afirmou.
A equipe do candidato republicano anunciou em um comunicado na quinta-feira (1º) que arrecadou US$ 138,7 milhões (R$ 786 milhões) em julho, uma soma significativa no mês em que Trump sobreviveu a uma tentativa de assassinato e recebeu um apoio triunfal na Convenção Republicana.
As enormes somas das campanhas presidenciais americanas são em grande parte gastas em vídeos muito caros que promovem as promessas dos candidatos.
A ONG Open Secrets, especializada em financiamento político, estima que as eleições de 2024 poderão ser as mais caras da história dos Estados Unidos, ultrapassando o recorde de US$ 5,7 bilhões gastos em 2020 (R$ 29,6 bilhões na cotação da época).
Pressionado pelas preocupações dos eleitores e dos congressistas sobre sua idade e habilidades físicas e mentais, Biden, 81 anos, cedeu e anunciou seu apoio para que sua vice-presidente assumisse o cargo. Seu partido deverá nomeá-la oficialmente no início de agosto.