Bombeiros iemenitas continuavam seus trabalhos nesta segunda-feira (22) para apagar um grande incêndio no porto de Hodeida, causado por ataques israelenses que atingiram tanques de petróleo e uma central elétrica da cidade governada pelos rebeldes huthis.
Pelo terceiro dia consecutivo após os ataques de sábado, chamas e uma nuvem negra de fumaça ainda eram visíveis sobre o porto de Hodeida, disse um correspondente da AFP.
O depósito de combustível é administrado pela Yemen Petroleum Company, que disse no domingo que as seis pessoas mortas nos bombardeios israelenses eram seus funcionários.
O Ministério da Saúde, controlado pelos rebeldes, também anunciou mais de 80 feridos, a maioria deles com queimaduras graves.
Aliados do Irã, arqui-inimigo de Israel, os rebeldes iemenitas huthis e do movimento libanês Hezbollah abriram frentes contra Israel, em "apoio" aos palestinos da Faixa de Gaza, sitiada e bombardeada por Israel desde 7 de outubro.
Israel bombardeou o porto de Hodeida, no oeste do país, em resposta a um ataque de drones huthis contra Tel Aviv.
Segundo o Exército israelense, a zona portuária atacada era utilizada no "fornecimento de armas do Irã ao Iêmen", como "o drone utilizado" contra Tel Aviv.
Em resposta, os huthis ameaçaram Israel com um "intenso contra-ataque".
Uma cerimônia fúnebre foi realizada nesta segunda-feira para as vítimas dos ataques. Seus caixões percorreram as ruas de Hodeida, acompanhados por uma multidão.
O porto de Hodeida é vital para a importação de combustíveis e ajuda internacional para áreas controladas pelos rebeldes do Iêmen, um país onde, segundo as Nações Unidas, mais de metade da população depende de ajuda humanitária.
* AFP