Os Estados Unidos vão contribuir com 500 milhões de dólares (2,8 bilhões de reais na cotação atual) para o financiamento militar das Filipinas, disse o secretário de Estado Antony Blinken, nesta terça-feira (30), durante uma visita para fortalecer os laços com o país face à crescente beligerância da China.
O chefe da diplomacia visita Manila com o secretário da Defesa, Lloyd Austin, no âmbito de uma viagem pela Ásia-Pacífico para fortalecer as suas alianças na região.
"Destinaremos 500 milhões de dólares adicionais em financiamento militar estrangeiro às Filipinas para aumentar a colaboração de segurança com o nosso aliado mais antigo nesta região", disse Blinken em conferência de imprensa.
O secretário de Estado disse que este investimento ajudará a modernizar as forças armadas e a guarda costeira filipinas para que estejam "melhor posicionadas para defender a sua soberania".
Os dois secretários americanos se reuniram com o presidente filipino, Ferdinand Marcos, e depois com o ministro das Relações Exteriores, Enrique Manalo, e o ministro da Defesa, Gilberto Teodoro.
O novo pacote de financiamento soma-se a outro de 2 bilhões de dólares (11,2 bilhões de reais na cotação atual) já aprovado em abril.
A aliança histórica entre Washington e Manila foi fortalecida sob a presidência de Marcos, que assumiu uma posição firme contra Pequim e assinou acordos com os Estados Unidos que dão às suas tropas acesso às bases militares filipinas.
A visita de Blinken e Austin ocorre após uma série de confrontos entre navios filipinos e chineses no disputado Mar do Sul da China.
Estes episódios suscitaram preocupações de que os Estados Unidos seriam arrastados para um eventual conflito devido ao pacto de defesa mútua assinado com Manila.
Pequim reivindica soberania sobre quase todo o Mar do Sul da China, apesar de uma decisão internacional que determinou que tal reivindicação carece de base jurídica.
Em sua atual viagem, Blinken e Austin se reuniram com autoridades do Japão e com ministros da Associação das Nações do Sudeste Asiático no Laos.
* AFP