Dezenas de famílias mexicanas fugiram para a Guatemala devido à violência do narcotráfico no estado de Chiapas, no sul do México, disse o presidente guatemalteco, Bernardo Arevalo, nesta quarta-feira (24).
Enquanto isso, a porta-voz do Ministério da Defesa, major Ann Marie Argueta, disse à AFP que o Exército "procedeu ao reforço da fronteira com o México para proteger as vidas da população da Guatemala".
"Estamos dando [assistência] às pessoas que estão fugindo desse confronto entre grupos [de traficantes de drogas] que está ocorrendo no lado do México", disse o presidente em uma coletiva de imprensa no departamento de Sololá.
Arévalo explicou que as famílias mexicanas estão no município de Cuilco, no departamento de Huehuetenango, na fronteira com o México, e estão recebendo ajuda das autoridades regionais e municipais, bem como do Ministério da Defesa.
"Estamos presentes desde o primeiro momento e já estamos colaborando para dar assistência a esses refugiados", acrescentou Arévalo, sem especificar a data de chegada das famílias deslocadas.
A porta-voz militar disse que na Guatemala há um "número estimado de 180 pessoas deslocadas por causa do crime" no México, e elas estão alojadas no vilarejo de Ampliación Nueva Reforma, em Cuilco.
Argueta também afirmou que funcionários da defesa, do governo e da Procuradoria de Direitos Humanos estão no local "avaliando o que aconteceu".
"O exército da Guatemala mantém protegida a fronteira política internacional com a República do México, e mobilizou mais soldados para a área", disse a porta-voz.
A região fronteiriça de Chiapas tem registrado um recrudescimento da violência por parte dos traficantes de drogas. Em 28 de junho, um massacre deixou 19 mortos, incluindo sete cidadãos da Guatemala.
Desde 6 de fevereiro deste ano, o exército e a polícia da Guatemala vêm realizando operações em uma área ao longo da fronteira com o México para combater o crime organizado.
* AFP