Cinco membros das forças de segurança indianas foram mortos em combates no estado de Jammu e Caxemira, onde grupos rebeldes travam uma insurgência contra o governo de Nova Délhi há décadas, disse um policial nesta terça-feira(16).
A Caxemira, de maioria muçulmana, está dividida entre a Índia e o Paquistão desde sua independência do Reino Unido em 1947.
Os dois países e as potências nucleares reivindicam sua soberania total e já lutaram várias vezes pelo controle desta região do Himalaia. Além disso, desde 1989, grupos rebeldes têm travado uma insurreição armada para alcançar a independência do território ou sua anexação ao Paquistão.
Um oficial de segurança, sob anonimato, disse que esses rebeldes desviaram suas operações do Vale da Caxemira para a área mais ao sul de Jammu, de maioria hindu, onde "as medidas contra a insurgência não são tão fortes".
O 16º Corpo do Exército Indiano lançou uma operação no distrito de Doda na noite de segunda-feira. "Foi feito contato com os terroristas (...) e ocorreram intensos combates", afirmou o Exército em um comunicado.
"Quatro soldados sucumbiram aos ferimentos sofridos durante os primeiros confrontos", disse um policial, que pediu anonimato. Outros dois foram hospitalizados e um policial morreu, acrescentou.
O ministro da Defesa indiano, Rajnath Singh, disse que ficou "perturbado ao saber do ataque covarde". O principal político da Caxemira, Manoj Sinha, garantiu que suas forças "vingariam a morte" de seus agentes.
O Exército indiano disse que enviou "tropas adicionais" ao local para rastrear homens armados. "As operações continuam", acrescentou.
Com estas cinco mortes, o número de agentes de segurança mortos na Caxemira governada pela Índia aumentou para 17 este ano.
O conflito também causou a morte de 17 civis e 27 milicianos, segundo o Portal do Terrorismo do Sul da Ásia, uma organização sediada em Nova Délhi.
No domingo, o Exército indiano reivindicou as mortes de três supostos milicianos que tentavam cruzar a fronteira militarizada com o Paquistão, no distrito de Kupwara, na Caxemira.
O conflito tirou a vida de dezenas de milhares de civis, soldados e rebeldes.
* AFP