O Equador vai impor temporariamente visto a cidadãos chineses devido ao aumento "incomum" de migrantes irregulares dessa nacionalidade que não deixaram o território equatoriano no prazo legal, informou nesta terça-feira (18) o Ministério das Relações Exteriores do país sul-americano.
O governo decidiu "suspender temporariamente o acordo de eliminação mútua da exigência de visto" em vigor entre o Equador e a China, informou o órgão em comunicado.
A medida será aplicada a partir do próximo dia 1º de julho.
Sem especificar números, o ministério argumentou que há um "aumento anormal dos fluxos migratórios irregulares de cidadãos de nacionalidade chinesa que chegaram ao país e não saíram no prazo permitido", que é de 90 dias.
Entre janeiro e maio, o Equador registrou a entrada de 17.808 chineses e a saída de apenas 9.966 deles, segundo o controle migratório do Ministério do Interior. A maioria entrou no país para fins turísticos.
O governo classificou o fenômeno como "preocupante" e acrescentou que os cidadãos chineses estariam utilizando o Equador como "ponto de partida para chegar a outros destinos do Hemisfério", sem especificar quais países.
A China é um dos principais parceiros comerciais do Equador e durante o governo do ex-presidente socialista Rafael Correa (2007-2017) tornou-se o maior financiador da nação sul-americana.
* AFP