Ao menos três pessoas morreram e 27 ficaram feridas no ataque que durou 13 horas do grupo islamista Al Shabab a um hotel da capital somali, anunciou um porta-voz da polícia nesta sexta-feira (15).
O ataque começou às 21h45, horário local (15h45 no horário de Brasília), de quinta-feira, depois que um comando armado invadiu o hotel SYL em Mogadíscio, perto da área ultraprotegida de Villa Somália, perímetro onde a presidência do país e escritórios estão localizados.
O policial Abdirahim Yusuf disse à AFP nesta sexta-feira que "todos os terroristas armados morreram" e que, após mais de 13 horas de cerco, "a situação voltou ao normal".
Entre os 27 feridos há 18 civis, incluindo três deputados, disse o coronel Qasim Ahmed Roble, porta-voz da polícia somali, em coletiva de imprensa.
Testemunhas indicaram que os agressores dispararam indiscriminadamente.
O hotel já era alvo de ataques do Al Shabab desde 2015. No último, em 2019, três civis e dois membros das forças de segurança morreram.
O ataque de quinta-feira foi reivindicado pelo Al Shabab, um grupo islamista ligado à Al-Qaeda que controlou a capital do país até 2011 e travou uma insurgência violenta contra o governo da Somália nos últimos 16 anos.
O grupo - considerado pelos Estados Unidos como uma "organização terrorista" - ainda mantém uma forte presença nas zonas rurais e realiza ataques frequentes contra alvos políticos e civis, inclusive na capital.
* AFP