O site russo Mediazona e o serviço em russo da BBC informaram ter identificado cerca de 45.000 soldados russos mortos desde o início da invasão da Ucrânia, há dois anos, em uma investigação conjunta publicada nesta quarta-feira (21).
As baixas militares são mantidas em sigilo tanto na Rússia quanto na Ucrânia.
O cálculo, que vai de 24 de fevereiro de 2022 a 20 de fevereiro de 2024, não é considerado exaustivo, mas os dois veículos dizem ter identificado 45.123 soldados russos mortos, levando em conta fontes de acesso livre, assim como anúncios de óbitos, comunicados de autoridades locais, e necrologias publicadas na mídia e nas redes sociais.
Os veículos ressaltam que o balanço real é certamente muito maior. Poderia ser duas vezes mais alto, aponta o serviço em russo da BBC.
Segundo esta fonte, "dois terços dos mortos não tinham nenhuma relação com o exército antes da invasão" da Ucrânia.
Trata-se, então, de mobilizados, voluntários, combatentes de companhias militares privadas ou presos que chegaram a unidades de combatentes em troca de anistia.
O último balanço russo é de setembro de 2022, quando o ministro da Defesa, Sergei Shoigu admitiu a morte de 5.937 militares.
Em agosto, o jornal New York Times, citando oficiais americanos, estimava as perdas russas em 120.000 mortos.
Em 29 de janeiro, em resposta por escrito a um parlamentar, o ministro britânico da Defesa, James Heappey, calculou as perdas russas em mais de 350.000 mortos e feridos.
* AFP