Ao menos 22 pessoas morreram e 37 ficaram feridas nesta quarta-feira (7) no Paquistão em duas explosões perto de comitês de campanha de candidatos na região sudoeste do país, um dia antes das eleições legislativas e provinciais de 8 de fevereiro, anunciaram as autoridades.
As eleições foram marcadas pela violência e por acusações de manipulação após a detenção do ex-primeiro-ministro do Paquistão e vencedor do pleito em 2018, Imran Khan, que foi destituído do posto de chefe de governo pelo parlamento em 2022 em uma moção de censura.
O primeiro ataque aconteceu diante do comitê de um candidato independente no distrito de Pishin, a quase 50 quilômetros da cidade de Quetta, a capital da região do Baluchistão.
A polícia de Quetta e o ministro da Informação da província, Jan Achakzai, anunciaram um balanço de 12 mortos e 25 feridos.
A segunda explosão aconteceu perto do gabinete de um candidato do partido islamista Jamiat Ulema-e-Islam-F na cidade de Killa Saifullah, 120 quilômetros mais ao leste, segundo o ministro provincial.
— Ao menos 10 pessoas morreram e 12 ficaram feridas — afirmou o candidato à AFP.
Mais de meio milhão de agentes das forças de segurança foram mobilizados nesta quarta-feira, véspera das eleições, enquanto as autoridades distribuíam as cédulas de votação em mais de 90 mil centros eleitorais do país.
A campanha foi marcada por vários incidentes de segurança. Ao menos dois candidatos foram assassinados e dezenas foram alvos de ataques.
A votação começa na quinta-feira, às 8h (meia-noite de Brasília), com quase 18 mil candidatos para as 266 vagas eleitas diretamente no Parlamento nacional e as 749 das quatro assembleias provinciais.