O ex-presidente argentino Alberto Fernández foi acusado, na quinta-feira (29), de desvio de dinheiro e prevaricação, pela contratação irregular de seguros para funcionários públicos, informaram o juiz do caso e a imprensa local.
Fernández é acusado de ter contratado "uma corretora e empresas privadas" para intermediar a gestão de seguros em dependências oficiais durante seu governo, informou a agência oficial Telam.
Além do ex-presidente, que entregou o cargo em 10 de dezembro a Javier Milei, também foram denunciados o ex-titular da empresa pública Nación Seguros Alberto Pagliano e o corretor Héctor Martínez Sosa, marido da secretária particular de Fernández, María Cantero.
Isso "sem prejuízo de que o futuro da investigação ajude a conhecer a participação de outras pessoas nas manobras denunciadas", acrescentou o procurador federal Ramiro González.
O caso recaiu no Tribunal Federal número 11, a cargo do juiz Julián Ercolini, que deverá ratificar ou rejeitar a denúncia. Ele informou que ainda não havia recebido o documento.
O ex-presidente peronista havia tentado na quarta-feira (28) se distanciar do escândalo e responsabilizado sua secretária.
Alberto Fernández retornou na semana passada ao país após passar dois meses na Espanha. Em entrevista para a rádio La Red na quinta-feira, ele negou as irregularidades.
— Faço da honestidade um culto. Sou um homem público. E falo porque quero explicar o que aconteceu para as pessoas. Não roubei nada, não participei de nenhum negócio nem autorizei nenhum negócio — disse o ex-presidente.