A ativista palestina Ahed Tamimi, 22 anos, foi detida pelo exército israelense, na segunda-feira (6), na cidade de Nabi Saleh, na Cisjordânia. De acordo com um porta-voz militar, a jovem foi detida por "incitação ao terrorismo".
Ahed Tamini foi detida durante uma operação militar de Israel "que tinha o objetivo deter indivíduos suspeitos de participar em atividades terroristas e incitar o ódio" no norte da Cisjordânia, declarou o porta-voz.
Questionada sobre a detenção da jovem, uma fonte dos serviços de segurança enviou à AFP uma publicação no Instagram, que circulou nas redes sociais e foi atribuída a Tamimi.
A suposta publicação pedia o massacre de israelenses em "todas as cidades da Cisjordânia, Hebron e Jenin", declarou o Exército à AFP. O texto detalhava explicitamente as formas violentas que o massacre deveria acontecer. A mãe da ativista negou que a filha tenha escrito a mensagem.
— Há dezenas de contas (redes sociais) com a foto de Ahed com as quais ela não tem vínculo. Quando Ahed tenta abrir uma conta, ela é bloqueada imediatamente — disse à AFP Narimane.
Quem é a ativista palestina
Ahed Tamimi ficou famosa aos 14 anos quando foi filmada no momento em que mordeu um soldado israelense para impedir a detenção de seu irmão mais novo. Em dezembro de 2017, ela deu um tapa em um soldado israelense no quintal de sua casa. Em 19 de dezembro de 2017, a jovem foi detida pelos militares e depois condenada a oito meses de prisão. Tamimi foi liberada em 29 de julho de 2018.