Disparos contra duas escolas judias de Montreal foram registrados na quarta-feira (8), sem que ninguém tenha ficado ferido, informou a Polícia. O ataque aconteceu à noite, quando os estabelecimentos estavam vazios, segundo as autoridades.
— Quero ser muito claro. Condenamos esta violência antissemita nos termos mais enérgicos — declarou o primeiro-ministro canadense Justin Trudeau nesta quinta-feira (9), após falar de um aumento "assustador" do antissemitismo e da islamofobia com o conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas como pano de fundo.
O premiê da província de Quebec, François Legault, fez "um apelo à calma a todos os quebequenses", condenando este ato, assim como um confronto violento, registrado também na quarta-feira em uma universidade de Montreal.
Dois grupos de estudantes, um que se identificava como pró-israelense e outro como pró-palestino, se enfrentaram na Universidade de Concórdia. Três pessoas ficaram feridas, informaram o centro de ensino e a polícia, que precisou intervir. Outra foi detida por agressão.
A universidade também denunciou a existência de suásticas e de incitações ao ódio publicadas na Internet, e condenou "um aumento preocupante dos atos de intimidação" nos últimos dias.
Legault pediu que as forças policiais tentem acalmar a situação e não descartou a possibilidade de proibir concentrações relacionadas com o conflito no Oriente Médio.
No começo desta semana, a polícia de Montreal disse ter iniciado uma investigação depois que uma sinagoga da cidade de Quebec foi atacada com coquetéis molotov.
Estes atos se inserem no âmbito do ressurgimento do antissemitismo em diversos países, após o início da guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas, em 7 de outubro.