O corpo da professora gaúcha, Catiúscia Machado, de 43 anos, foi liberado para ser trazido de volta ao Brasil, mas o translado da Austrália irá atrasar. De acordo com a mãe da vítima, Eliaide Machado, a previsão é de que a filha chegue ao país até o final da próxima semana. Porém, ainda é necessário o preenchimento de um atestado de óbito por parte das autoridades australianas, que não estabeleceram prazo para cumprir a medida. A autópsia foi concluída, mas a causa da morte dela ainda não foi divulgada.
Natural de Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre, a pedagoga morava em Sidney, no subúrbio de Burwood, onde foi encontrada morta dentro de uma banheira do apartamento em que residia no sábado (25). O corpo da canoense estava envolto por gelo. A família está preparando um ato cerimonial para fazer a despedida, no município.
— Agora teremos um pouco mais de tranquilidade. É demorado porque tem muita burocracia da parte deles, mas está resolvido. Faremos uma cerimônia para ela quando o corpo chegar ao Rio Grande do Sul – afirmou a mãe.
Procurado, o Ministério das Relações Exteriores disse que está à disposição da família para prestar assistência consular. O órgão afirmou que não poderá fornecer informações sobre o caso de maneira individual devido à falta de autorização dos familiares da vítima.
O suspeito do crime segue preso na Austrália. O homem, de 40 anos, era namorado de Catiúscia e, segundo as informações repassadas pela polícia à família, teria dado um soco na mulher, o que a fez cair e bater com a cabeça em uma banheira. Ele foi detido após ser denunciado por um vizinho que viu o ocorrido.
O namorado compareceu a um tribunal local e não pagou fiança. Ele seguirá preso pelo menos até janeiro, quando irá passar por julgamento no país. O suspeito, que é de Vila Velha, no Espírito Santo, teria histórico de violência doméstica. O irmão de Catiúscia chegou a ser informado da situação antes da morte da professora. A mãe confirmou o caso, mas alegou que a filha nunca disse algo sobre o comportamento do namorado.
A reportagem de GZH tenta localizar a defesa do suspeito.
O que diz o Itamaraty
O Ministério das Relações Exteriores, por meio do Consulado-Geral do Brasil em Sydney, permanece à disposição para prestar assistência consular aos familiares da nacional brasileira.
Em observância ao direito à privacidade e ao disposto na Lei de Acesso à Informação e no decreto 7.724/2012, informações detalhadas poderão ser repassadas somente mediante autorização dos envolvidos. Assim, o MRE não poderá fornecer dados específicos sobre casos individuais de assistência a cidadãos brasileiros.