A líder da coligação Juntos por el Cambio tem no currículo a passagem pelo ministério da Segurança durante a gestão presidencial de Maurício Macri (entre 2015 e 2019). É dela a herança da chamada direita de macrista, em referência ao conhecido empresário que, antes de assumir o país, havia sido presidente do Club Atletico Boca Juniors.
Patricia Bullrich chega ao domingo (22) com a missão de não perder votos para o candidato da extrema-direita, o considerado outsider Javier Milei. Com 28% dos votos nas prévias de agosto, Bullrich bateu as pretensões do prefeito de Buenos Aires Horacio Larreta, mas foi surpreendida pela ascensão que deu a Milei a primeira colocação com 30% dos votos em agosto.
Bullrich se coloca em oposição a Massa e Milei
A candidata adota um discurso agressivo ao defender pautas como a caça aos privilégios políticos e a corrupção. Alterna ataques contra Massa, a quem acusa de “pertencer às Máfias”, às quais diz comandarem o país, e Milei, que diz “ter se associado a elas (as máfias)” em razão de grupos que se tornaram doadores de campanha.
Sem poupar adversários, promete mudar o código penal para acabar com a imputabilidade aos menores de 14 anos, para que, segundo ela “nenhum assassino ou estuprador possa andar pelas ruas”. Acusa, ainda, Massa de pertencer ao Kirchnerismo, que seria a corrente defensora dos “delinquentes” e ressalta que Milei quer liberar as armas que acabarão caindo nas mãos de “bandidos”.
No último debate recebeu resposta de Milei que a chamou de “Motonera”, em referência ao grupo revolucionário armado da década de 1970, e insinuou que ela teria “aptidão” a instalar “bombas em jardins de infância”. O racha na direita deve culminar com um processo movido por Bullrich contra seu rival de espectro político, Milei.