Um casal de Porto Alegre está entre os primeiros resgatados de Israel pelo governo federal. A psicóloga Débora Gleiser, 65 anos, e o marido dela, o engenheiro Carlos Wengrover, 66, estavam no avião da Força Aérea Brasileira (FAB) que pousou em Brasília na madrugada desta quarta-feira (11). Eles devem retornar à capital gaúcha no início da tarde.
Os dois foram até o país do Oriente Médio para fazer turismo, junto com o irmão de Carlos e a esposa dele. O grupo aterrissou no dia 3, quatro dias antes do ataque do grupo terrorista Hamas. Em entrevista à RBS TV, Débora conta que eles estavam em Jerusalém, indo a um passeio quando os alarmes de ataque aéreo foram acionados pela primeira vez.
— Quando acionou o primeiro alarme, nos deixaram perto do lugar onde a gente estava hospedado. Tínhamos que caminhar um pouco até lá, mas aí acionou um outro alarme e nos escondemos em um armazém — conta.
O casal chegou a ir de trem até Tel Aviv, mais próxima dos ataques, conforme previsto no roteiro de viagem. O voo de retorno ao Brasil foi cancelado.
— Foi aí que ficamos sabendo que estavam sendo organizados os voos da FAB. Tivemos que preencher um formulário comprovando que éramos brasileiros. Nos colocaram no primeiro voo. Nossa experiência foi surpreendentemente boa, o voo foi muito seguro — relata Débora.
Antes de chegar em Porto Alegre, eles ainda fizeram conexão no aeroporto de Congonhas, em São Paulo. A companhia aérea Azul tem colocado os passageiros em voos comerciais para levar os resgatados até suas cidades.
Em nota, a companhia afirmou que “se colocou à disposição do Palácio do Planalto para apoiar na logística de interiorização dos brasileiros que foram resgatados de Israel pela Força Aérea Brasileira (FAB), em virtude do conflito na região”. Um outro voo da FAB transportou parte dos brasileiros da capital federal para o Rio de Janeiro.
Débora minimiza as férias frustradas e salienta que o importante foi conseguir voltar com segurança.
— Nossa frustração é muito pequena perto do que aconteceu. Nossa preocupação e solidariedade é muito maior — complementa.