Em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, na manhã desta terça-feira (10), a gaúcha radicada em Israel, Marly Michal Wertman, relatou a rotina no país após o conflito contra o grupo extremista Hamas deflagrado no último sábado (7).
Marly, que é moradora da cidade de Ascalão, a 15 quilômetros da Faixa da Gaza, centro dos confrontos, contou que, muitas vezes durante o dia, precisa abrigar-se no quarto-seguro instalado em sua residência.
— Todos os edifícios e casas novas possuem um quarto-seguro. Por lei, em todos os lugares, um dos quartos precisa possuir paredes com mais de 30 centímetros de espessura e portas de ferro, basicamente um bunker. No momento em que a sirene de aviso de bombardeio toca, temos 15 segundos para entrar em um lugar seguro — detalhou.
A gaúcha, que reside em Israel há 50 anos, declarou que o ataque de sábado foi diferente dos outros pela violência como ocorreu. Segundo ela, todos conhecem pelo menos uma pessoa que sofreu com o atentado.
— Eles (o Hamas) não tiveram nenhum pingo de humanidade. Colocaram fogo e destruíram todas as casas da fronteira e dos lugares invadidos. Tenho uma amiga que levou um tiro no braço enquanto realizava sua corrida matinal — completou.
Mesmo com o medo e o trauma sofrido com o ataque terrorista, Marly afirmou que não tem o pensamento de deixar o país.
— Não cogito sair de Israel, nunca pensei em fazer isso. Moro aqui há 50 anos, casei, trabalhei e sou aposentada. Minha vida é aqui — enfatizou.