Israel intensificou os bombardeios na Faixa de Gaza nesta segunda-feira (9). Ao mesmo tempo, soldados israelenses tentam proteger a fronteira e expulsar os membros do grupo terrorista que ainda permanecem na região.
O porta-voz do exército israelense, Richard Hecht, afirmou que a caça ao Hamas está demorando mais do que o esperado por causa de brechas na fronteira.
— Pensávamos que estaríamos em uma situação melhor nesta segunda pela manhã — disse Hecht. Os combates ocorrem em "sete a oito" locais no sul de Israel.
Os militares israelenses dizem já ter atingido mais de mil alvos na Faixa de Gaza. O contra-ataque inclui bombardeios, como o que arrasou grande parte da cidade de Beit Hanoun, no nordeste da Faixa de Gaza.
— Continuaremos a atacar desta forma, e com esta força, continuamente, em todos os locais e rotas utilizadas pelo Hamas — disse o contra-almirante israelense Daniel Hagari.
Pelo menos 700 pessoas foram mortas em Israel desde sábado (7), quando começou a ofensiva do Hamas. Em Gaza, já são 400 vítimas. O grupo islâmico diz manter mais de 130 prisioneiros.
Declaração de guerra
Após declarar formalmente o status de guerra, Netanyahu alertou os cidadãos de seu país para um confronto "longo e difícil", reforçando expectativas de que os combates poderão durar semanas ou ainda mais tempo. Ao longo do domingo, o Exército israelense informou que ainda lutava para expulsar terroristas remanescentes de seu território, ao mesmo tempo em que manteve os bombardeios sobre alvos estratégicos e militares em Gaza, onde vivem mais de 2 milhões de habitantes.
Ao anunciar a evacuação de moradores dos arredores da fronteira, Israel pode estar se preparando para uma ofensiva terrestre em solo inimigo — o que é visto por especialistas como uma operação de alto risco e possível elevado número de baixas entre militares e civis por conta da superpovoação e do terreno de difícil movimentação e favorável a emboscadas.
Os temores de que a escalada do conflito resulte em uma guerra regional mobilizaram governos locais e o Conselho de Segurança da ONU. Nos bastidores da política internacional, representantes do Egito, da Turquia e da Arábia Saudita iniciaram contatos diplomáticos para encontrar formas de reduzir as tensões no Oriente Médio e evitar a ameaça de que o conflito se propague além da fronteira entre Israel e Gaza. O governo chinês também fez um apelo por um cessar-fogo.