O presidente do Equador, Guillermo Lasso, declarou na madrugada desta quinta-feira (10) estado de exceção em todo o território nacional, após o assassinato do candidato à presidência do país Fernando Villavicencio nessa quarta-feira, na capital Quito. A data das eleições se mantêm, afirmou a presidente do Conselho Nacional Eleitoral, Diana Atamaint. O anúncio das medidas foi feito em transmissão, que está disponível nas redes sociais (confira abaixo).
Em seu pronunciamento, Lasso condenou o atentado e assinalou que se trata de um "crime político que adquire um caráter terrorista". Ele também confirmou que, além do candidato, morreu um dos supostos autores do crime.
O atentado aconteceu por volta de 18h15min (no horário local). Lasso informou, ainda, que há seis pessoas suspeitas de envolvimento detidas e que as investigações continuam.
— Não duvidamos que este assassinato seja uma tentativa de sabotar o processo eleitoral. Não é uma coincidência que este ato condenável ocorra a poucos dias do primeiro turno eleitoral — afirmou.
No momento do ataque, para cobrir a fuga, os suspeitos lançaram uma granada que não explodiu, mas que foi destruída com uma detonação controlada feita pela Polícia Nacional, segundo o presidente. Ele disse, ainda, que houve uma troca de tiros entre os suspeitos e os seguranças do candidato.
Na transmissão, Diana Atamaint também se pronunciou. Ela repudiou e condenou a ocorrência, além de ter prestado condolências. Diana quem confirmou que as eleições antecipadas estão mantidas, assim como as atividades previstas no calendário eleitoral:
— A data das eleições previstas para 20 de agosto se mantém inalteradas, em cumprimento do mandato constitucional e legal.
Por meio de decretos executivos, foram declarados três dias de luto nacional e 60 dias de estado de exceção em nível nacional, com previsão de atuação das Forças Armadas em todo o país.
— As Forças Armadas, a partir deste momento, se mobilizam em todo o território nacional para garantir a segurança dos cidadãos, a tranquilidade do país e as eleições livres e democráticas de 20 de agosto — esclareceu Lasso.
Diana reforçou que as Forças Armadas e a Polícia Nacional redobraram a segurança em todos os recintos eleitorais.
O pronunciamento foi feito após reunião que ocorreu ainda no final de quarta-feira entre o presidente, o Gabinete de Segurança e autoridades da Justiça e do sistema eleitoral.