Os serviços secretos do Quirguistão anunciaram, nesta terça-feira (6), a detenção de mais de 30 pessoas acusadas de querer "organizar distúrbios e um golpe de Estado" nesta república da Ásia Central.
"O Comitê do Estado de Segurança Nacional (...) desmantelou as atividades ilegais de um grupo de pessoas que se preparava clandestinamente para organizar distúrbios no país com o objetivo de tomar o poder pela força", afirmaram em comunicado.
"Mais de 30 pessoas detidas na segunda-feira confessaram", acrescentou o comunicado dos serviços secretos (GKNB).
O líder do partido político "Eldik Kenech" (Conselho do Povo), sem representação parlamentar, é acusado pelo GKNB de ser o mandante deste grupo de mais de 100 pessoas e de ter organizado "reuniões clandestinas para discutir planos de tomada do poder pela força".
Os serviços secretos afirmaram que o grupo acusado deveria "receber financiamento do exterior em um futuro próximo".
Na segunda-feira, a imprensa local publicou vídeos de homens armados prendendo pessoas. À noite, a agência de notícias oficial Kabar confirmou que o GKNB estava realizando prisões, mas não deu mais detalhes.
O Quirguistão, ex-república soviética aliada à Rússia e cada vez mais próxima da China, passou por múltiplas crises políticas com três revoluções (2005, 2010 e 2020) após a queda da URSS em 1991.
As detenções aconteceram alguns dias após a visita oficial do presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, durante a qual o presidente Sadyr Japarov disse estar "pronto para trabalhar de mãos dadas com a União Europeia".
* AFP