Pelo menos 72 pessoas morreram afogadas nas Filipinas desde o início do mês, anunciou a polícia, que atribuiu, em parte, o número elevado ao deslocamento de milhões de pessoas às praias durante a Semana Santa.
Neste país de maioria católica, milhões de pessoas deixam a capital, Manila, durante os feriados para passar o tempo com a família em outras cidades.
A porta-voz da Polícia Nacional das Filipinas (PNP), coronel Jean Fajardo, disse que o número elevado de mortes se deve em parte ao que chamou de "viagens de vingança", à medida que o país abandona anos de restrições à mobilidade para conter o coronavírus.
"As pessoas ficaram um pouco empolgadas para visitar as praias e centros turísticos", disse Fajardo à AFP.
A polícia não revelou um boletim detalhado das mortes, mas Fajardo disse que entre as vítimas estavam crianças que foram deixadas sem vigilância pelos responsáveis enquanto nadavam, assim como pessoas que visitaram as praias em estado de embriaguez.
A porta-voz classificou o balanço de mortes como "incomum" e superior ao registrado nos anos anteriores.
"Os resorts e praias ficaram lotados. Isso também contribuiu para o número de incidentes de afogamento", acrescentou.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, o afogamento é a terceira causa de morte por lesões não intencionais em todo o mundo, com 236.000 óbitos por ano.
* AFP