Um cenário de terror é o que estão vivendo os moradores das áreas afetadas pelo terremoto de magnitude 7,8 sacudiu o sul da Turquia e o norte da Síria, na madrugada desta segunda-feira (6), deixando milhares de mortes e de feridos, além de danos significativos nos dois países. Foi assim que relatou em entrevista ao programa Gaúcha Mais, da Rádio Gaúcha, a brasileira radicada no país turco Renata Luz Gularam.
— Estamos vivendo um pesadelo — contou.
Conforme o balanço mais recente, atualizado no começo da tarde, o número de vítimas passa de 2,6 mil. Mais de 1,6 mil pessoas morreram na Turquia, segundo o governo local. Na Síria, o número de mortos supera os mil. Renata vive na província de Hatay, situada na região do Mediterrâneo, na divisa entre o território turco e o sírio.
— Muitas crianças sírias na rua e famílias acampadas nos jardins e garagens de casa. Não temos muita assistência, pois a prefeitura não tem recursos — explicou.
O tremor foi sentido às 4h17min (22h17min de domingo, no horário de Brasília) e ocorreu a uma profundidade de 17,9 quilômetros, de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS). O epicentro foi localizado no distrito de Pazarcik, na província de Kahramanmaras, no sudeste da Turquia, a cerca de 60 quilômetros da fronteira com a Síria.
Um novo terremoto de magnitude 7,5 atingiu a região às 13h24min (7h24min no horário de Brasília), quatro quilômetros a sudeste da cidade de Ekinozu, de acordo com o USGS. Também houve cerca de 50 tremores secundários, de acordo com Ancara. Muito emocionada, Renata lembrou o medo que ela e seus familiares passaram durante o tremor de terra.
— Só nós sabemos o que passamos durante o terremoto, foi horrível — declarou.