O secretário de Estado americano, Antony Blinken, reafirmou nesta terça-feira (28) o apoio dos Estados Unidos à independência e integridade territorial do Cazaquistão, durante uma viagem que pretende fortalecer a influência de Washington na Ásia Central, abalada pela invasão da Rússia ao território da Ucrânia.
"Como vocês sabem bem, os Estados Unidos apoiam fortemente a soberania do Cazaquistão, sua independência, sua integridade territorial", afirmou Blinken após uma reunião com o chefe da diplomacia cazaque.
"Às vezes, apenas dizemos estas palavras e elas realmente não têm significado. E, claro, neste momento específico, elas têm ainda mais ressonância do que o normal", disse Blinken, em referência à invasão da Rússia à Ucrânia.
O diplomata visitou em seguida o imponente palácio na capital do país para uma reunião com o presidente Kassym-Jomart Tokayev, que agradeceu as demonstrações de apoio ao seu país e afirmou ter recebido três mensagens pessoais do presidente Joe Biden.
"Construímos acordos muito bons e confiáveis de longo prazo em áreas de importância estratégica", declarou Tokayev.
Blinken afirmou que os Estados Unidos deram "grandes passos" nos últimos anos para fortalecer sua relação com o Cazaquistão e que buscará formas práticas de fazer mais com os países da Ásia Central, que incluem Quirguistão, Tadjiquistão, Turcomenistão e Uzbequistão.
Ele insistiu que Washington está "decidido a fortalecer ainda mais" a relação com o Cazaquistão, aliado da Rússia que se aproximou dos Estados Unidos desde sua independência após o colapso da União Soviética.
O chefe da diplomacia americana também deve visitar o Uzbequistão após uma reunião com os colegas dos cinco países da Ásia Central.
Estes países têm uma relação de longa data com a Rússia nas áreas de segurança e economia.
Mas um estudo recente do Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento constatou um aumento nas exportações da União Europeia e Reino Unido ao Cazaquistão, Armênia e Quirguistão, que têm uma união alfandegária com a Rússia, e sugeriu que isto acontece porque os países tentam escapar das sanções ocidentais contra Moscou.
* AFP