O Ministério das Relações Exteriores da China confirmou que o balão que sobrevoou o espaço aéreo dos Estados Unidos sem autorização é de fato chinês, mas que seria utilizado somente para fins de pesquisas meteorológicas e que teria entrado no território americano por acidente.
"Afetado pelos ventos do oeste e com capacidade limitada de autodireção, o balão desviou-se muito de seu curso planejado", afirmou um porta-voz do ministério em comunicado, acrescentando que o governo da China lamentava a entrada não autorizada, e reforçando ainda que seguirão trabalhando com os Estados Unidos para lidar "adequadamente com essa situação inesperada".
Após autoridades norte-americanas confirmarem que o balão visto em ares continentais do país é de origem chinesa, o Departamento de Estado adiou por tempo indefinido a visita do secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, à capital chinesa. Embora nunca tenha sido anunciada de modo oficial, esperava-se que a viagem de Blinken o levasse para reuniões em Pequim no domingo (5) e na segunda-feira (6).
Os Estados Unidos notaram o balão primeiro sobrevoando o Estado de Montana, após o objeto ter passado também por ilhas no Alasca e pelo Canadá. O Pentágono enviou jatos e considerou derrubar o balão, mas desistiu pelos riscos às pessoas em solo com os destroços, caso a operação fosse realizada.