Seis jornalistas foram presos no Sudão do Sul depois que divulgaram um vídeo mostrando o presidente Salva Kiir urinando em uma cerimônia oficial, informou o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), que exige a libertação dos profissionais da imprensa.
Os jornalistas da televisão estatal foram presos na terça-feira (3) por agentes do Serviço de Segurança Nacional, disse o CPJ com sede em Nova York em um comunicado divulgado na sexta-feira.
Segundo a organização, que cita a imprensa local e outras fontes próximas ao caso, os repórteres estão sendo investigados após a divulgação de um vídeo, que viralizou nas redes sociais em dezembro, mostrando o chefe de Estado urinando em si mesmo em uma cerimônia oficial.
Essas prisões são "uma tendência das forças de segurança de recorrer à detenção arbitrária quando as autoridades acreditam que a cobertura da mídia é desfavorável", disse o representante do CPJ para a África Subsaariana, Muthoko Mumo.
— As autoridades devem libertar os jornalistas incondicionalmente e garantir que possam trabalhar sem serem intimidados ou ameaçados de prisão — acrescentou.
O Sindicato dos Jornalistas do Sudão do Sul também pediu o fim das investigações sobre os seis jornalistas, que são suspeitos de "ter conhecimento da 'sequência precisa' do vídeo divulgado ao público".
— Se houve má conduta profissional ou infração, as autoridades devem tratá-la de forma justa, transparente e de acordo com a lei — afirmou.