Subiu para pelo menos 50 o número de mortes provocadas pela forte tempestade de inverno que atinge boa parte dos Estados Unidos. A expectativa é de que o problema climático continue a causar estragos nos próximos dias, enquanto fortes nevascas impedem a passagem de veículos de emergência e milhares de viajantes não conseguem se deslocar, com cancelamentos de centenas de voos e vias intransitáveis.
Das mortes registradas, ao menos 27 aconteceram no oeste de Nova York. Milhares de pessoas ficaram presas em suas casas, enquanto dezenas de milhares de moradias e negócios estão sem eletricidade. A tempestade se estendeu dos Grandes Lagos, perto do Canadá, até o vale do Rio Grande, na fronteira com o México.
O condado de Erie, no noroeste do Estado de Nova York, foi particularmente afetado. Sete pessoas morreram no local devido à tempestade, segundo Mark Poloncarz, seu representante. Algumas vítimas foram encontradas em carros e outras na rua, em meio à neve.
Uma proibição de viajar pela região está em vigor desde a última sexta-feira (23), mas centenas de pessoas ainda estavam retidas em seus veículos. Para resgatá-las, a governadora de Nova York, Kathy Hochul, mobilizou a Guarda Nacional no condado de Erie e na cidade de Buffalo, onde os serviços de emergência estavam praticamente paralisados.
Segundo o Serviço Nacional de Meteorologia, as temperaturas caíram drasticamente abaixo do normal na extensão do leste das Montanhas Rochosas até os Apalaches. Há risco "potencialmente fatal" para viajantes que ficarem presos na neve, e de queimaduras para quem ficar muitos minutos ao ar livre, por causa do frio.
Ciclone-bomba é o nome da tempestade que se intensifica rapidamente, com a pressão do ar caindo em um período de 24 horas. Eles são chamados assim por causa do poder explosivo causado pela rápida queda de pressão, e produzem um clima que varia de nevascas a fortes tempestades e precipitações.