A polícia de Fiji anunciou nesta quinta-feira a mobilização do exército para ajudar a "manter a segurança e a estabilidade" após as eleições que podem retirar do poder o líder do país nos últimos 16 anos.
Em um comunicado, a força policial, leal ao primeiro-ministro, Frank Bainimarama, argumentou a decisão por "tensões raciais" e "inteligência" sobre "distúrbios civis planejados".
Segundo o comissário Sitiveni Qiliho, a "decisão consensual" foi tomada após uma reunião com Bainimarama e o comando militar.
Bainimarama chegou ao poder em um golpe de Estado em 2006, mas ganhou duas eleições desde então.
A eleição de 14 de dezembro permitiu que o líder da oposição Sitiveni Rabuka, também ex-golpista, formasse uma coalizão com maioria parlamentar suficiente para se tornar primeiro-ministro.
No entanto, Bainimarama se recusa a aceitar a derrota e seu aliado e presidente do país, Wiliame Katonivere, ainda não convocou o Parlamento para eleger um novo chefe de governo.
Este país insular do Pacífico sofreu quatro golpes nos últimos 35 anos e a possibilidade de uma intervenção militar paira sobre estas eleições.
* AFP