Um atirador matou várias pessoas na noite desta terça-feira (22) em um supermercado Walmart, na cidade de Chesapeake, Estado da Virginia, leste dos Estados Unidos, às vésperas do Dia de Ação de Graças.
— Nós encontramos vários mortos e feridos — afirmou o chefe do Departamento de Polícia de Chesapeake, Leo Kosinski.
A prefeitura de Chesapeake confirmou que a situação causou sete mortes, incluindo a do atirador. O autor do massacre morreu, mas ainda não está confirmado se ele foi alvejado pela polícia ou alguém armado no local, ou se tirou a própria vida.
— Acreditamos que era um único atirador e que o único atirador está morto — acrescentou Kosinski, que elogiou a resposta rápida dos policiais, que entraram "imediatamente" no mercado.
As primeiras ligações para os serviços de emergência aconteceram às 22h (meia-noite de Brasília), quando o mercado ainda estava aberto. Imagens das emissoras de TV da cidade mostram uma grande presença policial no supermercado. Kosinski explicou que os policiais e investigadores isolaram a área do ataque.
"Sem sentido"
O Walmart, maior rede varejista dos Estados Unidos, afirmou em um comunicado que está "chocado com o trágico acontecimento".
"Estamos rezando pelos afetados, pela comunidade e por nossos associados. Estamos trabalhando em estreita colaboração com as forças de segurança e estamos focados em apoiar nossos colaboradores", acrescenta a nota da empresa.
A senadora do Estado da Virgínia Louise Lucas declarou que está "com o coração partido porque o mais recente tiroteio em massa dos Estados Unidos aconteceu em um Walmart em meu distrito em Chesapeake, Virgínia, esta noite".
"Não vou descansar até que encontremos soluções para acabar com esta epidemia de violência com armas em nosso país, que já tirou tantas vidas", escreveu no Twitter.
Chesapeake fica a 240 quilômetros ao sudeste da capital dos Estados Unidos, Washington D.C. O massacre aconteceu menos de 48 horas antes da celebração do Dia de Ação de Graças no país.
"Tragicamente, nossa comunidade sofre outro incidente de violência armada sem sentido, justamente no momento em que as famílias se reúnem para o Dia de Ação de Graças", tuitou o congressista Bobby Scott, que representa a Virginia.
No sábado, um homem armado abriu fogo dentro de uma boate LGBT+ em Colorado Springs (oeste). O ataque terminou com cinco mortos e 18 feridos. O atirador, identificado como Anderson Lee Aldrich, 25 anos, foi rendido por dois clientes. Ele enfrenta acusações de assassinato e um possível crime de ódio.
Este tipo de crime é entendido nos Estados Unidos como um ato direcionado contra uma pessoa com base em sua identidade, o que pode incluir raça, religião, nacionalidade, orientação sexual ou deficiência. Considerado um crime federal com circunstâncias agravantes, pode resultar em penas mais severas.
A violência com armas de fogo prossegue em um ritmo alarmante nos Estados Unidos, país que registrou mais de 600 tiroteios em 2022, segundo a organização Gun Violence Archive.