Pelo menos 100 pessoas, incluindo crianças, morreram neste sábado (29) na explosão de dois carros-bomba em frente ao Ministério da Educação da Somália, na capital Mogadíscio, de acordo com o porta-voz da polícia somali, Sadik Dudishe.
Outro policial, Ibrahim Mohamed, disse que um dos veículos carregados de explosivos conseguiu entrar no complexo do ministério, o que levou a um tiroteio. Segundo ele, alguns minutos depois, outra explosão ocorreu na mesma área.
— Eu estava entre os primeiros agentes de segurança que chegaram na área, vi os corpos de nove pessoas, a maioria civis, incluindo uma mulher e crianças — declarou o oficial de segurança Ahmed Ali, acrescentando que os ataques deixaram dezenas de feridos.
O Ministério da Educação foi atingido pela primeira explosão próximo a um cruzamento movimentado em Mogadíscio. A segunda ocorreu quando as ambulâncias chegaram e as pessoas se reuniram para ajudar as vítimas. A onda de choque quebrou janelas nas proximidades. Sangue cobriu o asfalto do lado de fora do prédio.
— Os terroristas implacáveis mataram mães. Algumas morreram com seus filhos nas costas — disse o porta-voz da polícia Sadik Dudishe, sem fazer um balanço das vítimas.
O presidente Hassan Sheikh Mohamud após visitar o local da explosão disse que o número de vítimas pode aumentar. Ele instruiu o governo a fornecer assistência médica imediata aos feridos, alguns dos quais estavam em estado grave.
De acordo com informações da CNN, o ataque ocorreu no mesmo local do maior atentado à bomba da Somália, que matou mais de 500, no mesmo mês de 2017. Nessa explosão, um caminhão-bomba explodiu do lado de fora de um hotel movimentado no cruzamento K5, repleto de escritórios do governo, restaurantes e quiosques.
Ninguém reivindicou imediatamente a responsabilidade pelo ataque, embora o presidente culpou o grupo islâmico Al Shabaab.