Sete manifestantes e quatro integrantes das forças de segurança morreram no Irã desde o início de uma onda de protestos, há seis dias, pela morte de uma jovem detida pela "polícia da moral", de acordo com um balanço oficial.
Três paramilitares "mobilizados para enfrentar os agitadores" em Tabriz (noroeste), Qazvin e Mashhad (nordeste) morreram na quarta-feira (21) esfaqueados ou baleados, de acordo com a imprensa iraniana.
Outro membro das forças de segurança morreu na terça-feira (20) durante protestos em Shiraz (centro), conforme as agências de notícias locais. Sete manifestantes faleceram desde o início das mobilizações, um deles esfaqueado em Qazvín.
As autoridades iranianas anunciaram que seis manifestantes morreram na quarta-feira, quatro deles no Curdistão (noroeste) — região natal de Mahsa Amini, a jovem que morreu após detenção pela polícia da moral.
As outras vítimas fatais eram de Kermanshah (noroeste). As autoridades iranianas negam a responsabilidade das forças de segurança na morte dos manifestantes.
Revolta popular
A revolta popular começou quando as autoridades anunciaram na sexta-feira (16) a morte de Amini, de 22 anos, que havia sido detida pela polícia da moral, responsável por observar o cumprimento do rígido código de vestimenta para as mulheres.
Amini entrou em coma depois de sua detenção por usar o véu de maneira inapropriada, informou a imprensa.