Por meio do Serviço Federal de Segurança (FSB), a Rússia acusou, nesta segunda-feira (22), os serviços especiais ucranianos pela morte da filha de um ideólogo conhecido por sua proximidade com o Kremlin, informaram as agências de notícias.
O "assassinato" de Daria Dugina, filha de Alexander Dugin, "foi preparado e cometido pelos serviços especiais ucranianos", afirmou o FSB em um comunicado citado pelas agências russas.
De acordo com o FSB, a pessoa que colocou o explosivo no veículo de Daria Dugina fugiu para a Estônia.
No momento da explosão, Daria, jornalista e cientista política, estava perto da localidade de Bolshie Viaziomy, a 40 quilômetros de Moscou, ao volante de um Toyota Land Cruiser, informou no domingo (21) um comunicado do Comitê de Investigação da Rússia.
A detonação foi provocada por um explosivo colocado sob o veículo, afirmaram os investigadores. A jovem, nascida em 1992, teria morrido no local da explosão.
O Comitê de Investigação, responsável pelos inquéritos criminais na Rússia, abriu uma investigação por homicídio.
O alvo do atentado era Alexander Dugin, afirmaram pessoas próximas à família, citadas pelas agências notícias russas, pois Daria dirigia o carro do pai. Alexander Dugin, intelectual e escritor ultranacionalista, teórico do neoeurasianismo, uma aliança entre Europa e Ásia liderada pela Rússia, é objeto desde 2014, após a anexação da Crimeia, de sanções da União Europeia.
Nos últimos anos, a Ucrânia proibiu vários de seus livros, em particular Ucrânia. Minha guerra. Diário geopolítico e Vingança eurasiática da Rússia.