O sobrinho do cantor Ricky Martin retirou, nesta quinta-feira (21), a medida de proteção temporária que havia solicitado contra o astro porto-riquenho por um suposto caso de assédio, durante uma audiência realizada em um tribunal em San Juan, capital de Porto Rico.
O homem de 21 anos, que não foi identificado, solicitou a medida ao alegar que ele e Ricky Martin tinham um relacionamento e que se sentia em perigo após o rompimento. O artista e sua defesa negaram essas afirmações.
A audiência aconteceu pela manhã, à portas fechadas, e as partes participaram por videoconferência.
A advogada do sobrinho, Jessica Bernal, solicitou a anulação da medida de proteção emitida em 2 de julho e o caso foi arquivado.
"Como havíamos antecipado, a medida de proteção temporária não foi estendida pelo tribunal", apontaram os advogados de Martin em um comunicado publicado no Instagram do cantor.
De acordo com eles, o caso nunca passou de "reivindicações infelizes de um cidadão".
- "Processo de cura" -
O cantor comemorou o arquivamento do caso em declarações à rede NBC News que fez, segundo ele, para iniciar seu "processo de cura".
Isto "tem sido devastador para mim, para minha família e meus amigos. Não desejo a ninguém", disse o cantor, cujo verdadeiro nome é Enrique Martínez Morales.
Martin afirmou que não pôde se defender publicamente das acusações nas últimas semanas porque uma lei o proibia de fazê-lo antes de testemunhar em tribunal.
A medida de proteção impedia que Martin contactasse seu sobrinho, uma medida imposta em virtude da lei porto-riquenha de prevenção da violência doméstica.
"Estamos satisfeitos que nosso cliente viu a justiça feita e agora pode seguir em frente com sua vida e carreira", acrescentou o comunicado dos advogados.
Martin "era um homem que tinha um peso sobre ele. Em sua cara, sua expressão, notava-se que estava sofrendo muito", disse à AFP Joaquín Monteserrate Matienzo, membro da equipe jurídica do cantor.
"Quando recebemos a notícia [do arquivamento do caso] e estávamos olhando um para o outro na câmera, vi o alívio que ele sentiu", acrescentou. "Mas o dano é irreparável. Com os dias, semanas e meses, poderá voltar a ser o que era, embora o sofrimento seja grande".
* AFP