Uma corte federal dos Estados Unidos condenou nesta quinta-feira (7) o policial branco Derek Chauvin a mais de 20 anos de prisão por ter asfixiado com o joelho o afro-americano George Floyd, em maio de 2020, levando-o à morte. O ex-policial, de 46 anos, já tinha sido condenado a 22 anos e meio de prisão por um tribunal estadual de Minnesota, mas apelou da sentença.
A pena federal por "violação dos direitos civis" do afro-americano é definitiva porque deriva de sua admissão de culpa.
—Realmente não sei por que ele fez o que fez — declarou o juiz da corte federal do distrito, Paul Magnuson, ao anunciar a sentença. — Mas colocar o joelho no pescoço de outra pessoa até ela morrer não é bom e merece uma punição substancial — afirmou.
Durante uma breve intervenção, Derek Chauvin desejou aos filhos de George Floyd que "triunfem na vida", mas não pediu perdão nem expressou remorso.
A mãe do ex-policial, Carolyn Pawlenty, garantiu que o filho não é racista e que "todas as vidas importam, seja qual for a cor da pele", parafraseando o lema do movimento Black Lives Matter.
Philonise Floyd, irmão de George, pediu "a pena máxima" para Derek Chauvin e contou que, desde a tragédia, não consegue dormir.