O ex-policial Derek Chauvin foi sentenciado a 22 anos e meio de prisão nesta sexta-feira (25) pela morte de George Floyd, homem negro asfixiado durante uma abordagem policial em maio de 2020, em Mineápolis, nos Estados Unidos. Em abril, um júri o declarou culpado em todas as três acusações de homicídio. As informações são do portal G1.
A defesa ainda pode recorrer à sentença e reduzir o tempo de prisão de Chauvin. Um pedido para invalidar o julgamento de abril foi rejeitado pela Justiça.
A sentença levou em conta quatro "fatores agravantes", segundo a Justiça norte-americana: cometer o crime em frente a uma criança; agir com "crueldade particular"; atuar com o apoio de um grupo; e abusar da autoridade de policial.
A pena máxima para todas as acusações poderia chegar a 40 anos. A promotoria havia pedido 30 anos de prisão, o dobro do que réus primários costumam pegar no país. Já a defesa pedia um regime de liberdade condicional.
A legislação do Estado de Minnesota estabelece que Chauvin deverá ficar preso por pelo menos 14 anos até poder solicitar a liberdade condicional — e ainda assim seguirá proibido de portar armas de fogo e de retornar à polícia.
O juiz afirmou que a sentença não foi decidida com base na opinião pública ou na emoção, mas, sim, em fatos.
Pouco antes da leitura da pena, o ex-policial, que se recusou a depor em frente ao tribunal durante todo o julgamento, falou pela primeira vez:
— Quero dar minhas condolências à família Floyd.