O presidente francês, Emmanuel Macron, alertou o povo de seu país, nesta quinta-feira (14), para se preparar para um corte total do gás natural russo. Ele destacou medidas como apoio a fontes alternativas de energia, desligar as luzes públicas à noite e engajar-se para um período de "sobriedade" energética nacional.
A invasão russa da Ucrânia e as sanções que se seguiram agravaram outros fatores que elevaram os preços da energia e outros bens. Sem fim à vista para a guerra na Ucrânia, disse Macron, os franceses devem se preparar para que os custos permaneçam altos.
— Esta guerra vai continuar — disse ele, em entrevista televisionada que marca o feriado nacional da França, o Dia da Bastilha. — O verão e o início do outono serão muito difíceis — alertou o presidente francês.
— A Rússia está usando energia, como está usando comida, como arma de guerra — continuou Macron. — Devemos nos preparar para o cenário em que teremos que ficar sem todo o gás russo.
Ele disse ainda que o governo prepararia um "plano de sobriedade" para economizar energia, que começaria com o desligamento das luzes públicas à noite quando estas não forem úteis. Além disso, a França continuará procurando diversificar as fontes de gás, afirmou Macron, pedindo uma mudança mais rápida para parques eólicos e mais cooperação energética na fronteira para enfrentar a crise atual.
Os oponentes políticos de Macron na extrema direita e na extrema esquerda culparam as sanções da União Europeia por reduzir o poder de compra dos consumidores franceses, ao mesmo tempo em que não conseguiram persuadir o presidente russo, Vladimir Putin, a retirar tropas da Ucrânia.
O presidente da França não deu nenhuma indicação durante a entrevista de mudança de política em relação à Ucrânia:
— Queremos parar esta guerra sem nos envolvermos nesta guerra. Ao mesmo tempo, queremos fazer tudo para que a Rússia não vença, para que a Ucrânia possa defender seu território. Não queremos uma guerra mundial.