O ministro francês de Assuntos Europeus, Clément Beaune, anunciou nesta terça-feira (21), que os chanceleres dos países da União Europeia (UE) apoiaram a concessão à Ucrânia do status de candidato para adesão ao bloco. Ao final de uma reunião de ministros da UE, Beaune afirmou que houve um "consenso total" para avançar com esse reconhecimento o mais rápido possível, a poucos dias de uma cúpula em Bruxelas que deverá adotar uma posição formal do bloco.
— É um debate que está agora nas mãos dos chefes de Estado e de Governo do bloco — destacou.
— Não há um único país que tenha problemas com a proposta. Vamos demonstrar grande unanimidade — comentou nesta terça o ministro das Relações Exteriores de Luxemburgo, Jean Asselborn, sem dar mais detalhes. Na visão de Asselborn, a UE está prestes a dizer à Rússia que a Ucrânia faz parte da Europa, em uma decisão que também é muito importante para a Moldávia. O acordo a ser selado na cúpula desta semana seria o primeiro passo em um processo que normalmente leva vários anos.
Enquanto isso, o ministro das Relações Exteriores da Dinamarca, Jeppe Kofod, declarou que seu país apoia totalmente a concessão do status de candidato à Ucrânia, depois que o governo dinamarquês expressou reservas sobre as duas candidaturas.
— Há muitas obrigações que devem ser cumpridas — pelos dois países interessados na adesão, e "vamos trabalhar em parceria com eles" para alcançar isso, comentou.
Fontes diplomáticas consultadas pela AFP salientam que nenhum dos ministros das Relações Exteriores europeus reunidos em Luxemburgo manifestou oposição à concessão do status de país candidato à Ucrânia e à Moldávia.
Por sua vez, o ministro francês para Assuntos Europeus, Clément Beaune, disse que está surgindo um consenso. Para Beaune, os debates sobre o alargamento da UE não devem pôr em causa a trajetória europeia dos Bálcãs Ocidentais. Quatro países da região dos Bálcãs (Macedônia do Norte, Montenegro, Sérvia e Albânia) são candidatos à adesão e aguardam pacientemente a sua vez.