O novo primeiro-ministro do Sri Lanka, Ranil Wickremesinghe, tentava formar nesta sexta-feira um governo de unidade e evitar o colapso da economia do país, depois que um nome importante da oposição se negou a assumir o ministério da Economia.
Harsha de Silva, do partido Samagi Jana Balawegaya (SJB), a principal formação de oposição no Parlamento, rejeitou o convite para o ministério da Economia e anunciou que fará campanha pela renúncia do governo.
"As pessoas não querem jogos e acordos políticos, querem um novo sistema que assegure seu futuro", afirmou Silva em um comunicado, no qual insiste que está ao lado da "luta do povo" para derrubar o presidente Gotabaya Rajapaksa.
A ilha de 22 milhões de habitantes enfrenta há vários meses uma escassez de alimentos, combustíveis e medicamentos. Em abril, o governo declarou a moratória dos pagamentos da gigantesca dívida externa, avaliada em 51 bilhões de dólares.
O país foi cenário de protestos violentos na última semana, que precipitaram a renúncia do primeiro-ministro Mahinda Rajapaksa, irmão do presidente.
Wickremesinghe, um reformista pró-Ocidente de 73 anos, tomou posse na quinta-feira para assumir o cargo que já ocupou em cinco oportunidades desde 1993.
Na quarta-feira, o presidente do Banco Central do Sri Lanka, Nandalal Weerasinghe, advertiu que sem a formação rápida de um governo a economia do país afundaria e "ninguém poderá salvá-la".
* AFP