Os últimos soldados ucranianos entrincheirados na siderúrgica Azovstal de Mariupol receberam ordem de Kiev para "deixar de defender a cidade", afirmou um dos comandantes em um vídeo divulgado nesta sexta-feira.
— O comando militar superior deu a ordem de salvar as vidas dos militares de nossa guarnição e de parar de defender a cidade — declarou Denys Prokopenko, comandante do regimento Azov, uma das unidades ucranianas presentes na siderúrgica de Mariupol.
O imenso complexo siderúrgico, com seu labirinto de galerias subterrâneas construídas no período soviético, era o último foco de resistência ucraniana na cidade portuária estratégica do sudeste da Ucrânia, bombardeada sem trégua pelos russos.
Após a recente retirada de civis, 1.908 soldados ucranianos entrincheirados na siderúrgica se renderam desde segunda-feira (16), anunciou o ministro russo da Defesa.
— Conseguimos salvar os civis, os feridos graves receberam a ajuda necessária. Conseguimos retirá-los visando uma posterior troca de prisioneiros — declarou Prokopenko.