Um grupo rebelde de Mianmar disse nesta segunda-feira (7) que as tropas da junta romperam o cessar-fogo e atacaram seus integrantes, acusando os militares de desestabilizar a única região do país que não sofreu repressão pós-golpe de Estado.
Este país do Sudeste Asiático está mergulhado no caos desde o golpe imposto há um ano. Logo depois dele, os militares lançaram uma repressão feroz e aumentaram os confrontos ao longo nas fronteiras com grupos armados de etnias minoritárias.
Poucos dias após o golpe, a junta reafirmou seu compromisso com um cessar-fogo com os rebeldes do Exército de Arakan (AA), uma facção étnica que luta há anos pela autonomia desta população no estado de Rakhine.
Um porta-voz do grupo denunciou que, na sexta-feira (4), as tropas da junta entraram na localidade de Maungdaw, deflagrando confrontos que duraram três horas e causaram a morte de um de seus combatentes.
"Há uma alta tensão militar, que pode explodir a qualquer momento", declarou o porta-voz.
"Parece que os militares querem romper a calma e a estabilidade de Rakhine", completou.
Já um representante da junta militar que governa o país afirmou que alguns policiais morreram em um ataque com minas em 4 de fevereiro, mas atribuíram sua autoria às milícias do grupo de muçulmanos rohingyas.
* AFP