O presidente da França, Emmanuel Macron, advertiu neste sábado (26) que a guerra na Ucrânia "vai durar" e disse que "é preciso se preparar". Nesse sentido, Macron disse que seu governo está trabalhando nos ajustes de um plano de "resiliência" para enfrentar as consequências econômicas desta crise.
— A guerra voltou para a Europa — afirmou Macron em visita ao Salão da Agricultura, um importante evento no calendário político da França que este ano teve de ser reduzido, devido à crise internacional.
Em sua declaração, o presidente francês se dirigiu, em especial, aos produtores e às empresas.
"Sem dúvida, haverá consequências para nossas exportações nos principais setores", como vinho, cereais, entre outros, disse o presidente nesta feira que acontece em Paris.
— Estamos trabalhando em um plano de resiliência. Primeiro, para garantir suprimentos para nossos setores e, depois, para levantar escudos para ancorar os custos (...) e dar respostas de longo prazo — explicou.
Com um semblante preocupado, o presidente francês falou por cerca de 20 minutos.
O Palácio do Eliseu informou que Macron presidente, neste sábado (26), uma nova reunião do conselho de defesa de emergência com ministros e membros do comando militar para tratar da situação na Ucrânia, às 16h GMT (13h em Brasília). Profissionais do setor de alimentos temem que as medidas de represália por parte do governo russo, em resposta às sanções ocidentais, prejudiquem suas atividades.
Neste sábado (26), as tropas russas focaram suas forças na tentativa de tomar a capital ucraniana, Kiev. Um prédio residencial perto da cidade foi atingido por um míssil, segundo o prefeito Vitaliy Klitschko. Pelas imagens, é possível ver que paredes externas de apartamentos foram totalmente destruídas. Relatos afirmam que foi possível ouvir fortes explosões durante a madrugada e que tiros foram registrados perto dos prédios do governo.
Ao menos 198 civis foram mortos até o momento, segundo informou o governo local.