O grupo hacker Anonymous declarou em rede social, na quinta-feira (24), que está oficialmente em guerra cibernética contra o governo russo. Cerca de 30 minutos depois, o coletivo anunciou que ter derrubado o site do canal de RT News, rede de televisão estatal da Rússia, que voltou ao ar ao meio dia desta sexta-feira (25), e que as forças armadas russas estavam preparando um bombardeamento em grande escala em Kiev, capital da Ucrânia.
Na sexta-feira, o grupo retornou para as redes para afirmar que derrubou um segundo site russo, desta vez do Ministério da Defesa.
Os impactos da guerra cibernética passaram a ser comparados com as consequências das guerras tradicionais com o avanço da tecnologia, uma vez que os conflitos virtuais podem afetar diretamente empresas estatais e privadas com roubos de dados e até mesmo perda de dinheiro.
O Anonymous é um coletivo descentralizado que se formou em 2003 que é conhecido por usarem a máscara do soldado britânico que inspirou o protagonista de V de Vingança. Guiado pelo hackativismo, eles entendem a ação hacker como uma forma de ativismo político e social.
Depois de um hiato, o grupo voltou à ativa com a divulgação uma suposta ação judicial contra o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump por suspeita de estupro e abuso sexual.
No Brasil, o Anonymous ficou conhecido por divulgar, em 2020, supostos dados do presidente Jair Bolsonaro, de seus filhos e de integrantes do governo brasileiro como a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, e o então ministro da Educação, Abraham Weintraub.