Cerca de 40% da população sofre com a "falta extrema de alimentos" na região etíope do Tigré, há quase 15 meses devastada por uma guerra - alertou o Programa Mundial de Alimentos (PMA), nesta sexta-feira (28).
Esta situação dramática se vê agravada pela redução das atividades humanitárias na região, devido à escassez de combustível e ao aumento dos combates, que impedem o envio de ajuda.
Horas antes, o Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha, na sigla em inglês) anunciou que as ONGs internacionais haviam esgotado suas reservas de combustível e que tinham de "entregar a pé o pouco material e serviços humanitários que lhes restavam".
De acordo com a última avaliação da situação alimentar feita pelo PMA, 83% dos habitantes da região do Tigré se encontram em situação de insegurança alimentar.
Os combates explodiram em novembro de 2020 no norte da Etiópia, depois que o primeiro-ministro Abiy Ahmed enviou tropas para derrubar a Frente de Libertação do Povo do Tigré (TPLF). Segundo o governo, este antigo partido no poder na região organizou ataques contra bases do Exército etíope.
* AFP