O governo francês determinará que as empresas imponham pelo menos três dias de trabalho remoto sempre que possível, em uma tentativa de frear a quinta onda de infecções por covid-19, disse nesta segunda-feira (27) o primeiro-ministro Jean Castex.
A nova medida, que vigorará por pelo menos três semanas, é uma das várias anunciadas depois que o presidente Emmanuel Macron realizou uma reunião de crise sobre a nova variante Ômicron, que ameaça lotar de novo os hospitais.
A reunião ocorreu depois que a França registrou no sábado mais de 100 mil casos diários de covid-19, um recorde desde que a pandemia começou há quase dois anos e de muitos especialistas terem alertado que o número aumentaria rapidamente nas próximas semanas.
Castex também disse que o "passaporte sanitário" que permite acessar restaurantes, cinemas e outros lugares só estará disponível para as pessoas totalmente vacinadas e que para os não vacinados não será mais válido um teste de covid-19 negativo recente.
Ele também disse que será proibida a permanência em pé em cafés e bares, onde só será permitido sentar-se a uma mesa, durante três semanas, embora não vá ser imposto um toque de recolher para a noite do Ano-Novo, como vários veículos de comunicação franceses tinham sugerido.
Também voltarão a ser adotados limites de capacidade em shows, competições esportivas e outros eventos a um máximo de 2 mil pessoas em ambientes fechados e 5 mil em ambientes abertos.
O primeiro-ministro reiterou o apelo para que os cidadãos se vacinem, enquanto elogiou a taxa de vacinação de 78% da população, um percentual que, segundo o governo, representa 90% das pessoas elegíveis (todos os maiores de cinco anos).