O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden anunciou nesta terça-feira (23), que ordenou a liberação de 50 milhões de barris de petróleo das reservas estratégicas do país, em uma tentativa coordenada com outras nações para reduzir o crescente aumento dos preços dos combustíveis.
"Esta decisão será tomada em paralelo com outras nações que têm um consumo importante de energia, como China, Índia, Japão, República da Coreia e Reino Unido", disse a Casa Branca.
Apresentada como inédita pelos norte-americanos, a iniciativa conjunta busca fazer os preços caírem de forma mecânica diante do aumento da oferta.
As reservas norte-americanas são o maior estoque de emergência do mundo.
Segundo um funcionário de alto escalão do governo americano, a liberação começará entre meados e final de dezembro. É possível que novas intervenções para estabilizar o mercado sejam feitas, "em resposta a uma pandemia única no século".
— Como disse o presidente, os consumidores estão sofrendo agora nos postos de gasolina — acrescentou a mesma fonte.
— O presidente está pronto para tomar ações adicionais, se necessário, e está preparado para usar toda sua autoridade, trabalhando em coordenação com o restante do mundo para manter um abastecimento adequado, à medida que se deixa a pandemia para trás — disse.
Os preços já caíram cerca de 10% nas últimas semanas. Segundo funcionários do governo, porém, apesar da queda dos preços do petróleo bruto, os da gasolina apenas aumentaram para o consumidor final. Isso afetou o bolso do americano comum e atingiu a popularidade de Biden.
Índia
O governo da Índia informa, em comunicado nesta terça-feira que concordou em liberar 5 milhões de barris de sua reserva estratégica de petróleo.
A Índia diz acreditar que os preços dos hidrocarbonetos "devem ser razoáveis, responsáveis e determinados pelas forças do mercado".
O país afirma que tem demonstrado várias vezes preocupação com a oferta de petróleo sendo "artificialmente ajustada abaixo dos níveis da demanda por países produtores", o que leva a preços mais altos e a "consequências negativas".
A Índia diz também que está atenta aos preços interno de petróleo e diesel, tendo ajustado tarifas no setor para conter pressões inflacionárias.
A nota qualifica essas reduções de tarifas como "passos difíceis" e com impacto fiscal "elevado" para o governo, mas argumenta que elas são tomadas para aliviar o quadro para a população.