Nesta quinta-feira (4), uma alemã de 28 anos foi condenada à prisão perpétua por matar cinco de seus filhos, com idades entre um e oito anos, uma tragédia que chocou a Alemanha. O tribunal de Wuppertal (oeste) reconheceu as "circunstâncias agravantes" e impôs a pena mais severa no país, impossibilitando que seja posta em liberdade pelo menos nos próximos 15 anos.
O juiz apoiou a tese da acusação, segundo a qual a acusada, Christiane K., teria matado seus filhos, basicamente, por decepção, raiva e desespero. Seu mundo desabou, depois de descobrir uma foto de seu marido, de quem ela estava separada há um ano, com sua nova parceira.
— Sua vida mudou profundamente naquela época — disse o presidente do tribunal, Jochen Koetter, acrescentando que a ré não conseguiu suportar isso e quis punir o ex-marido.
A acusada ficou em silêncio durante todo julgamento. Ela já havia declarado sua inocência, alegando que um homem mascarado havia entrado em seu apartamento e matado seus filhos. Não foi encontrada qualquer evidência que apoiasse esta versão.
Apesar dos sinais de narcisismo e de transtorno de comportamento diagnosticados antes dos eventos, ela foi considerada plenamente responsável por seus atos. A defesa pediu que sua cliente fosse internada em um centro psiquiátrico.
De acordo com a ata da acusação, o drama começou em 3 de setembro de 2020, em Solingen, perto de Wuppertal. A mulher drogou a bebida dos seus filhos durante o café da manhã para fazê-los adormecer. Em seguida, ela preparou um banho, despertou as crianças e levou um após o outro para o banheiro, onde os asfixiou ou os estrangulou.
Depois disso, envolveu-os em uma toalha e os colocou na cama, onde foram encontrados os corpos sem vida de três meninas de um, dois e três anos, e de dois meninos, de seis e oito anos. Somente o menino mais velho, então com 11 anos, escapou do destino de suas irmãs e irmãos.
Neste mesmo dia, a mãe se jogou na frente de um trem na estação da cidade vizinha de Dusseldorf, mas sobreviveu à tentativa de suicídio.