O governo francês anunciou nesta quinta-feira (25) uma campanha de vacinação de reforço contra a covid-19 para todas as pessoas com mais de 18 anos, cinco meses após a última injeção, e descartou a implementação de um novo confinamento ou toque de recolher, apesar do agravamento da pandemia.
— A vacinação de crianças de cinco a 11 anos contra o coronavírus está descartada por enquanto, mas se uma decisão nesse sentido for tomada, não será iniciada antes do início de 2022 — explicou o ministro da Saúde, Olivier Véran, durante uma coletiva de imprensa em Paris.
E a Comissão Europeia recomendou a administração de uma dose de reforço, no mais tardar nove meses após a segunda dose da vacina anticovid, para dar mais apoio ao passe europeu de saúde, cuja validade deixará de ser reconhecida na ausência dessa dose.
A França está entrando em uma nova campanha para reforçar as medidas contra a pandemia, uma vez que vive um aumento exorbitante dos casos positivos, segundo explicou o ministro.
O uso de máscara voltará a ser obrigatório em qualquer local público, e a validade dos testes negativos de covid-19 será de no máximo 24 horas, ao invés de 72 horas atualmente.
— E os prefeitos também terão o poder de tornar obrigatório o uso de máscara em eventos ao ar livre, como feiras de Natal — anunciou o ministro.
— A atual onda de coronavírus, a quinta na França desde o início da pandemia global, é incontestavelmente mais forte, mais longa (....) do que a última do verão (inverno no Brasil). Mas podemos enfrentá-la sem recorrer às medidas mais coercivas, como o confinamento — disse Veran.
— No momento, não haverá fechamento antecipado de lojas nem restrições de viagens — acrescentou.
A dose de reforço das vacinas contra a covid-19 já estava autorizada na França para maiores de 65 anos, pessoas em situação de risco e profissionais da saúde.
— Este novo anúncio passa a afetar, na prática, 25 milhões de franceses, dos quais 6 milhões já receberam a dose de reforço — explicou o ministro. —Portanto, ainda restam 19 milhões de franceses que podem receber a dose de reforço e pedimos que sejam vacinados nos próximos dois meses — concluiu.