O secretário de Estado americano, Antony Blinken, advertiu neste sábado (20) o grupo russo de mercenários Wagner contra qualquer intervenção no Mali.
Em viagem oficial ao Senegal, última etapa de sua viagem à África, Blinken disse que os Estados Unidos "contribuem com o Mali e outros parceiros nos esforços para a estabilidade" neste país, sacudido pela violência, sobretudo jihadista.
"Só queria acrescentar que acho que seria lamentável que atores estrangeiros intervenham, o que tornaria as coisas mais difíceis e complicadas, e penso especialmente no grupo Wagner", disse à imprensa.
A junta no poder em Bamaco ameaça recorrer aos serviços desta empresa privada russa, que se suspeita ser próxima do presidente Vladimir Putin, para ajudar na luta contra os jihadistas.
Eles estão presentes na Ucrânia, na Síria e na África. Para muitas ONGs e jornalistas, a Rússia usa este grupo e seus mercenários para servir a seus interesses no exterior, acusações que o Kremlin nega.
Em 7 de novembro, os países do oeste da África impuseram sanções individuais aos membros da junta militar no poder no Mali pela demora na organização das eleições, que devem permitir o retorno de líderes civis à frente do país, após os golpes de Estado de agosto de 2020 e maio de 2021.
Blinken coincidiu com as autoridades senegalesas em seu apoio a uma transição para a democracia no Mali.
"Quando um governo democraticamente eleito assumir funções, a comunidade internacional estará disposta a apoiar o Mali", afirmou.
* AFP