A China prometeu nesta terça-feira (30) aos países africanos que os ajudará a superar os impactos da covid-19 e do aquecimento global, enquanto se abstém de "impor sua vontade na África", que por sua vez tampouco terá ingerência nos assuntos chineses.
A China e 53 países africanos, reunidos no Fórum de Cooperação Sino-africana (FOCAC), nos arredores de Dacar, instaram em sua declaração final "aos países desenvolvidos (a demonstrar) maior ambição" frente às mudanças climáticas e a apoiar os países africanos nestes avanços, duas semanas após a COP26, em Glasgow.
A declaração se apoia em uma passagem: China e África, "ambas têm direito ao desenvolvimento", em alusão à inquietação generalizada na África de que o continente seja sacrificado no combate ao aquecimento global.
Três anos depois da reunião anterior em Pequim, esta edição do FOCAC foi antecedida de grandes expectativas por parte das nações africanas em relação ao principal parceiro comercial do continente, em questão de apoio ao desenvolvimento, assistência financeira e investimentos ou em aliviar a dívida e respostas sanitárias.
As economias africanas foram afetadas muito duramente pela pandemia. Embora aspirem a que a China prossiga com seus projetos no continente, os líderes africanos querem um comércio menos desequilibrado e uma relação neste âmbito mais rentável para elas.
Com um espírito colaborativo de "ganhador-ganhador", os funcionários africanos e chineses darão ênfase maior à colaboração em setores como os "de saúde pública, investimentos, comércio, industrialização, infraestruturas, agricultura e segurança alimentar, mudanças climáticas, paz e segurança", conclui a declaração conjunta.
* AFP